Estatística - 11 dicas valiosas!
- Prof. Thiago Holanda
- 23 de fev. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 26 de fev. de 2024
Para quem está na carreira acadêmica ou enfrentando a difícil fase dos concursos públicos, sabe que estatística é uma matéria muito temida. De fato, assustadora.
Contudo, sua capacidade de provocar terror nos alunos é diretamente proporcional a sua importância como ciência. Na era do excesso de informações, saber lidar e interpretar dados é essencial. Portanto, mesmo que não goste, você DEVE estudar estatística.
Para aqueles que sentem medo da disciplina, quero deixar como recomendação de leitura a maravilhosa obra dos professores Gilson Volpato e Rodrigo Barreto: "Estatística sem dor!!" (imagem abaixo).
Esse ótimo livro tem a capacidade de destrinchar conceitos difíceis de Estatística e torná-los palatáveis até para aqueles com enormes dificuldades na matéria.
Nessa obra, encontrei 10 dicas valiosas para aqueles que trabalham com Estatística, e as transcrevo abaixo para apreciação dos caros leitores:
Se usou Estatística, conclua com base nela. Tendências refletem apenas a vontade do autor e um estudo inacabado, que requer mais evidências empíricas (mais dados, maior amostragem, melhor delineamento etc.).
Se trabalha com pesquisa quantitativa e não sabe Estatística, aprenda.
Se trabalha com pesquisa qualitativa e não sabe Estatística, aprenda ao menos sua base para ter acesso crítico a textos com abordagens quantitativas; o mundo não se resume a uma dessas abordagens.
Restrinja a consultoria estatística às questões fundamentais e não necessariamente à execução da análise.
Ao consultar um estatístico, lembre-se de que o problema começa no delineamento do estudo. Evite consultá-lo apenas para analisar dados.
Cuidado com programas estatísticos. Eles não sabem Estatística e requerem que uma mente superior os controle. Dê a eles essa mente superior.
A Estatística é uma ferramenta poderosa, mas nem tudo reside nela. Após a conclusão estatística, interprete-a na sua área de pesquisa. Por exemplo, se for a área biológica, veja o que aqueles resultados estatísticos querem dizer biologicamente. Faça o mesmo para Humanas e Exatas. Essa ponte é fundamental e é tarefa dos autores do estudo.
Se apresentar dados de tendência central (média ou mediana), indique a variabilidade (desvio padrão, erro padrão, quartis etc.).
Se o resultado estatístico não corresponder ao que "vemos" na figura (afinal, somos seres visuais), aumente sua amostra até obter coerência entre o que se vê e o que a Estatística nos diz. Assim, convencerá não apenas os revisores, mas também os leitores.
Se usou referencial estatístico, ao dizer que um valor é diferente de outro, não precisa acrescentar no texto que a diferença é estatisticamente significante.
Também não precisa informar o nome do pacote (software) estatístico, pois é apenas uma ferramenta de cálculos, mas é imperativo que indique o nome do(s) teste(s) usado(s) e, se necessário, os referenciais teóricos que permitiram essa escolha.
Essas dicas são muito preciosas, e eu gostaria de tê-las recebido ainda na graduação. Me pouparia inúmeros erros!
Deixo-as para o bom proveito de vocês!
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