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Que tipo de estudante você é?

Existem perfis de estudantes que se repetem dentro das nossas universidades e escolas. Qual é o seu perfil?

Em agosto desse ano (2023) completo 13 anos no magistério de nível superior. Primeiro, trabalhei no ensino semipresencial e, em seguida, passei a atuar no presencial de forma integral. Sei que minha experiência ainda é curta frente a outros colegas que são gigantes da docência, mas, mesmo curta, já foi suficiente para me ensinar que existem padrões de alunos que se repetem e estão presentes em todas as salas de aula (independe da instituição de ensino).


Há alunos interessados, desmotivados, brilhantes, esforçados, responsáveis, irresponsáveis, honestos, desonestos, etc. E em toda sala de aula, podemos enxergar esses padrões se repetindo em maior ou menor intensidade. Infelizmente, tenho percebido que o mais comum é a repetição de padrões negativos (desmotivação, irresponsabilidade, etc.) e cada vez mais, para nossa tristeza, alunos esforçados e interessados estão decrescendo a cada ano.


Recentemente, ao ler o livro “CIÊNCIA ALÉM DA VISIBILIDADE: ciência, formação de cientistas e boas práticas”, do prof. Gilson Volpato (brilhante autor brasileiro que promove a excelência da vida acadêmica através de seus cursos e livros), notei que o autor traça um perfil de 4 diferentes tipos de estudantes universitários, que apresentam padrões de comportamentos muito semelhantes e sempre estão em todas as salas de aula da academia.


Vou replicar os perfis apresentados pelo autor utilizando minhas interpretações (e complementações a respeito do tema).


1. Os fascinados pela formação técnica – esses são os alunos que apresentam um alto grau de interesse e motivação pelo curso, mas essa dedicação se volta apenas em torno do aprendizado técnico da universidade. Em regra, são aqueles alunos que se esforçam para conseguir boas notas e um belo histórico, e tentam entrar no mercado de trabalho o quanto antes para aprimorar o currículo profissional. Porém, esse fascínio acaba limitando a visão destes alunos e os fazem perder a “big picture” do conhecimento universitário: o amor pelo saber. Ou seja, eles buscam sucesso profissional, mas fecham os olhos para os demais aprendizados de vida que a universidade pode trazer, e todo o amadurecimento que pode ser desenvolvido através da convivência com colegas e professores que pensam de forma completamente diferente.


2. Os fascinamos pela diversidade – são aqueles que gostam de viver a “boemia” da vida universitária, mas apresentam baixo rendimento no aprendizado técnico do ofício. Estão situados no lado aposto da primeira categoria. São alunos que se apaixonaram pela ideia de serem “donos do próprio nariz” e demonstram não terem maturidade para viver essa fase da vida, pois se perdem em festas, bebidas, debates poucos frutíferos e acabam negligenciando o aprendizado básico da ciência a qual se comprometeram estudar.


3. Os fascinados pela corrupção – esses são os alunos que buscam os louros da conquista universitária (diploma) mas não estão nada dispostos a pagar o preço por isso. Não gostam de estudar, assumir compromissos ou mesmo esforçarem-se para ir além da sua zona de conforto. Aproveitam-se de uma sociedade corrupta como a brasileira para darem um “jeitinho” de enganar o sistema e conseguirem a aprovação por meios ilegais e fraudulentos. São ardilosos e estão sempre em busca de burlar o sistema para conseguir aprovação sem dedicação.


4. Os fascinados por algo melhor – são aqueles que entendem que a trajetória universitária é formada pela necessidade de viver algo que vai além de si mesmos, um verdadeiro amor pelo ofício e pelo saber. Buscam extrair o máximo da experiência acadêmica e amam aprender coisas novas. Em regra, buscam aprender com os professores e colegas, sempre respeitando as ideias diferentes e procurando conviver com o novo. Esses são os alunos mais propensos a vida acadêmica, e são os mais necessários para o enriquecimento das nossas universidades/escolas.


Esses são os quatro perfis traçados pelo professor Gilson Volpato e eu concordo com esse posicionamento, pois encontro isso dentro da minha prática docente. A pergunta que fica é: quem tipo de estudante você é?


Se após uma auto avaliação sincera, você perceber que você está vivendo de maneira errada a sua trajetória acadêmica, que tal dar início a uma transformação? Por que não dar o melhor de si e tentar viver o melhor dessa fase da vida?


Será fácil? Com certeza não! Porém, nada de extraordinário chega as nossas vidas sem uma boa dose de esforço. Esse esforço vale muito a pena!


Para você comprar esse incrível livro do prof. Gilson Volpato (recomendo muito!), você pode clicar no link abaixo:



Como uma singela homenagem, reproduzo abaixo uma foto que tirei com autor do livro em Agosto de 2017, em um curso ministrado nas dependência da Universidade Federal do Ceará sobre a prática da escrita científica:




Abraços,

Prof. Thiago Holanda.

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