Sobre nunca se acomodar

Ontem (10/04/2025), durante uma aula de Epistemologia da Ciência, ouvi a professora comentar uma frase curiosa: "as mentes brilhantes do nosso tempo costumam ser úteis a ciência durante a primeira metade da vida, e nocivos durante a segunda metade."

A frase diz respeito ao contexto do progresso científico e o fato de que muitos cientistas brilhantes, depois de uma grande descoberta, se apegam de tal forma aos seus primeiros feitos que fecham sua própria mente dentro de uma zona de conforto que os impossibilitam de progredir e aprender coisas novas.

Apesar da maturidade tão presente na segunda metade das nossas vidas (infelizmente não para todos), é verdade que muitos de nós nos acomodamos em determinado momento. Fechamos nossa mente para novos aprendizados e passamos a julgar os mais novos (que ainda possuem esse espírito) de "sonhadores" (não no bom sentido!)

Comecei a refletir que talvez a chave para uma "segunda metade" feliz é saber combinar a maturidade dos anos com o ímpeto (quase revolucionário) de nunca parar de sonhar e aprender. Não é fácil e muito menos confortável, mas extremamente necessário.